CASAS PRÉ-FABRICADAS & MODULARES: A Odum desfaz o ceticismo em relação à construção modular em madeira



Lançaram há um ano no mercado as ‘Terra’ – casas modulares construídas em madeira – que previam serem tidas em conta como casas de segunda habitação e cujos modelos assentavam no T1, T2 e T3, mas os clientes romperam-lhes as expectativas. 

Neste meio tempo, a crescente procura obrigou-os a fazerem nascer duas novas tipologias, a de T0 e T4; os telhados passaram a ter a possibilidade de se assemelharem esteticamente às casas tradicionais com a introdução de ‘duas águas’ e a maioria das habitações executadas pelo país estão, afinal, a ser usadas como residência permanente. 

Embora reconheçam que ainda há um longo caminho a percorrer dentro do setor modular, sobretudo quando edificadas em madeira, o balanço da Odum é positivo e os argumentos estão bem oleados para fazer face à desconfiança em relação a este material.

Casas modulares em madeira exigem mais manutenção? 

Miguel Bravo Amaral, um dos fundadores da Odum, reconhece que esta é uma preocupação recorrente, mas esclarece que a manutenção de uma casa modular de madeira caminha em pé de igualdade com a manutenção de uma casa tradicional.

“As madeiras se tiverem os tratamentos adequados, que é o nosso caso, têm uma durabilidade idêntica a uma casa de construção tradicional”, começa por dizer. “Em termos da questão de algum apodrecimento prematuro, a madeira já vem tratada previamente. É preparada para ambientes exteriores de forma a que as oscilações de temperatura, que existem em Portugal, sejam controladas e não tenham impacto na construção em si”, explica ainda o empresário.

Além disso, da mesma forma que uma casa tradicional requer pintura esporádica, em casas modulares é necessário aplicarem-se óleos de manutenção de madeiras com uma periodicidade semelhante, afirma.

No entanto, para aqueles que não apreciam um aspeto rústico impulsionado pela madeira, Miguel salienta que, embora o sistema construtivo seja woodframe – estrutura de madeira tratada – o revestimento exterior e interior fica entregue ao gosto do cliente. Este pode assim optar, por exemplo, por um sistema de capoto pintado a branco. Desta forma não é possível identificar visivelmente que a construção é feita em madeira. 

Para auxiliar na escolha desenharam o configurador que está disponível no site, trata-se de um catálogo virtual com os modelos e respetivas alternativas existentes. Este permite ao cliente ver de uma forma prática e interativa o resultado final: desde as tipologias, passando pelo revestimento, pelas telhas, até ao pavimento do chão. 

Com o acrescento de algumas novidades, o próprio sistema inovador foi atualizado. “À medida que vão escolhendo, os clientes podem acompanhar com imagens e valores a sua escolha para ficarem com uma ideia exata”, adianta.

Madeira de pinho silvestre: a sustentabilidade e qualidade moram juntas

Importada dos países nórdicos da Europa, a madeira de pinho silvestre que utilizam é proveniente de florestas sustentáveis acompanhadas, reveladora de um dos pilares onde assenta a Odum: a sustentabilidade.

De acordo com Miguel Bravo Amaral, a madeira é carbono negativo “contrariamente a todos os outros produtos exatos que fazem emissões de CO2 para a atmosfera”. Junta-se ainda o facto de esta espécie em específico ser mais estável conferindo uma maior carpintaria para a execução das casas, acrescenta.

Para vincar o compromisso com o planeta, o empresário enfatiza que além da utilização da madeira, têm a preocupação que todos os restantes materiais usados na construção também sejam amigos do ambiente. 

“[Isto acontece] nomeadamente ao nível dos isolamentos. Ao invés de usarmos lãs de rocha, que não são de todo sustentáveis, usamos fibras de madeira”, refere. 

Embora, a própria madeira seja por si só um isolador térmico, Miguel reforça ainda que o cliente pode também optar por um sistema fotovoltaico para a produção de energia da sua habitação.

Qual é o comportamento sísmico deste material?

Os sismos que assolaram Portugal estimularam a atenção dos clientes em relação a esta questão, mas o fundador meteu o tema em cima da mesa defendendo que “a madeira tem um comportamento sísmico muito melhor do que qualquer outro material de construção”.

Porquê? “Pelo facto de ser elástica e conseguir acompanhar os movimentos dos sismos, contrariamente a produtos de construção como o betão que têm tendência a colapsar”.

Há razões para existir preocupação quanto à resistência ao fogo?

Esta é uma questão comum que ecoa na mente de quem quer investir numa casa de madeira. Mas, Miguel reage apontando que, apesar de não existir nenhum tipo de produto que controle um incêndio de grandes proporções, há formas de retardar o colapso. Como? Utilizando maiores secções de madeira para que o colapso seja tardio e permita às pessoas evacuarem. As casas são, assim, pensadas e construídas neste sentido. 

“Nós temos o conhecimento de engenharia necessário para conseguir calcular as madeiras necessárias para que na área das secções tenham uma maior durabilidade no caso da existência de um incêndio”, afirma.

“Preço não é o fator decisivo quando o cliente está a decidir por uma opção ou por outra”

A balança da procura tanto tomba para o lado dos adultos na casa dos 30-40 anos como para o lado dos idosos em idade de reforma. O preço das casas nas grandes cidades está a empurrar as pessoas para alternativas habitacionais mais próximas do campo, para que consigam ter uma habitação própria. Além disso, o novo conceito do teletrabalho reuniu também condições favoráveis a este cenário.

“No fundo o cliente pode adquirir um terreno em zonas rurais com custos mais baixos e depois construir casas como as que temos dentro de um custo-qualidade muito interessante e com uma rapidez construtiva que não há nos outros tipos de construção”, reitera.

Vantagens das casas modulares

À semelhança de outras empresas modulares entrevistadas, Miguel também defende que esta alternativa construtiva não é mais barata por contraste à construção tradicional. “Para conferirmos a qualidade que temos andamos na mesma ordem de grandeza de valores”, confessa. 

Mas, para o fundador não é isso que pesa quando o cliente está a decidir entre o modular ou tradicional. Este acredita que há um conjunto de fatores que motivam a escolha destas soluções.

  • Qualidade
  • Isolamento acústico
  • Isolamento térmico
  • Fator estético
  • Sustentabilidade
  • Timings de execução

Miguel Bravo Amaral sublinha o último ponto, referindo que este é um fator determinante. “Uma casa de construção tradicional com 100 metros quadrados poderá demorar 8 a 12 meses, quando nós demoramos 3 a 4 meses. Estamos a falar quase do dobro dos timings de execução”.

Como olham para o sector modular?

Um ano após mostrarem ao mercado as “Terra”, a Odum fechou doze casas modulares, dão conta. Sendo que, de acordo com os fundadores, a zona centro e sul – Sintra, Palmela, Setúbal, Santiago, Sines e Algarve – são as regiões onde se regista maior procura até então. 

Este número é também um reflexo de que está a assistir-se a uma maior adesão e, consequentemente, aceitação do mercado em relação a esta alternativa habitacional. 

“A mudança está em curso fruto desta questão de haver mais procura e mais oferta. Essa oferta maior tem permitido um melhor esclarecimento do mercado”, diz Miguel. “Ainda há algum caminho a percorrer, mas penso que estas duvidas estão de alguma forma bastante esclarecidas porque há mais empresas com qualidade e a informação está bem ao dispor dos clientes”, acrescenta.

O empresário recorda ainda que a própria Odum nasceu já com 20 anos de experiência de construção em madeira e, por isso, tem os argumentos afiados para defender a vasta gama de soluções de construção que apresentam. Mas acredita que, mais do que falar, importa ver para crer e deixa o convite aos clientes.

O que espera o futuro: novidades à espreita e redução dos prazos de entrega 

Ao retrocederem no tempo, o balanço que fazem até ao presente é positivo e os investimentos para o futuro são ambiciosos. Revelaram que, a partir do mês de maio, irão avançar com a construção de uma nova fábrica em Alcácer do Sal que estimam estar finalizada até ao final deste ano de 2025.

“Vamos ter um investimento numa maquinaria com programas muito avançados para conseguir produzir mais em fábrica e menos em obra. Todo o projecto da casa é lançado num software muito actual e depois a máquina produz e corta toda a questão das paredes que vão construídas para as frentes de obra”, explica Miguel.

Objectivam, assim, “otimizar o timing de execução e escalar o negócio”. Resultado? Prevêem que, ao invés de um tempo de entrega estimado entre 8 a 10 semanas – como já tinham mencionado numa entrevista anterior ao idealista/news –, este seja reduzido para 3 a 4 semanas.

Quanto à relutância dos bancos em avançar com créditos a habitação para este tipo de construção, a Odum defende que da experiência que têm, “75% das casas são financiadas por entidades bancárias e, neste momento, já não é um tema”.

Além dos próprios modelos de casas modulares woodframe, a Odum ocupa-se ainda da construção de outras soluções habitacionais como tiny-houses; tendas safari e mobile homes. Mas também estruturas personalizadas como decks; pérgolas; estruturas de cobertura; vedações e reabilitação de espaços (como restaurantes, por exemplo).

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